Em mercados cada vez mais exigentes, ambientes organizacionais cada vez mais complexos, dinâmicos e interdependentes, a forma como as pessoas se relacionam passou a ser um fator determinante para o desempenho coletivo.

Não basta ter os melhores talentos, investir em tecnologia ou definir processos eficientes se o contexto social inibe a comunicação, o questionamento e a aprendizagem.

É nesse cenário que o conceito de segurança psicológica ganha centralidade. Longe de ser uma tendência passageira, a segurança psicológica se consolidou como um fundamento científico da performance, da inovação e do bem-estar e também da sustentabilidade organizacional.

Este artigo apresenta uma visão clara, aprofundada e baseada em evidências sobre o que é segurança psicológica, sua origem teórica e por que ela se tornou um tema estratégico para organizações contemporâneas, em alinhamento com o posicionamento da ISI Infinity.

O que é segurança psicológica

A segurança psicológica é definida como a crença compartilhada de que o ambiente de trabalho é seguro para assumir riscos interpessoais. Em termos práticos, isso significa que as pessoas sentem que podem:

• Expressar opiniões, ideias e preocupações
• Fazer perguntas
• Admitir erros
• Assumir riscos
• Discordar respeitosamente
• Pedir ajuda e receber colaboração quando necessário

Tudo isso sem medo de punições, humilhações, retaliações ou prejuízos à reputação profissional.

A definição mais amplamente aceita foi consolidada por Amy C. Edmondson, professora da Harvard Business School, que destaca a segurança psicológica como uma condição do ambiente social, e não como um traço de personalidade.

O que segurança psicológica não é

Um equívoco comum é associar segurança psicológica à ausência de cobrança ou à permissividade excessiva. Além disso, ambientes psicologicamente seguros não significam a redução de expectativas ou a tolerância a desempenhos insatisfatórios.

Sobretudo, segurança psicológica não significa:

• evitar conflitos
• reduzir expectativas
• aceitar baixa performance
• concordar com tudo

Pelo contrário, trata-se da combinação entre altos padrões de exigência e relações baseadas em confiança, onde o erro inteligente é tratado como oportunidade de aprendizagem e não como falha moral.

Origem e desenvolvimento do conceito

O conceito de segurança psicológica começou a ganhar relevância a partir dos estudos de Amy Edmondson no final da década de 1990. Ao investigar equipes em ambientes hospitalares, ela identificou que grupos com melhor desempenho relatavam mais erros do que os demais.

A explicação não estava na maior incidência de falhas, mas na maior abertura para reconhecê-las e discuti-las.

Essa descoberta revelou que a disposição para falar sobre erros e preocupações era um indicador de um ambiente mais seguro e orientado à aprendizagem, além de contribuir para a solução rápida dos problemas.

Desde então, o conceito foi amplamente estudado e validado em diferentes contextos organizacionais, incluindo indústrias, empresas de tecnologia, equipes multidisciplinares, educação, saúde.

A contribuição de Timothy R. Clark

Complementando a abordagem acadêmica, Timothy R. Clark propôs um modelo prático para compreender o desenvolvimento da segurança psicológica nas organizações. Segundo o autor, ela evolui em quatro estágios:

1. Segurança de inclusão – sentir-se aceito e pertencente ao grupo
2. Segurança para aprender – liberdade para fazer perguntas e cometer erros
3. Segurança para contribuir – confiança para aplicar habilidades e ideias
4. Segurança para desafiar – permissão para questionar decisões e o status quo

Esse modelo destaca que a segurança psicológica não surge de forma instantânea, mas é construída progressivamente à medida que as relações de confiança se fortalecem.

Por que a segurança psicológica é estratégica para as organizações

A crescente complexidade do trabalho moderno exige colaboração intensa, agilidade nas decisões, comunicação eficiente, relacionamentos positivos, diversidade de perspectivas e aprendizagem contínua. Nesses contextos, a segurança psicológica se torna um diferencial competitivo.

Evidências científicas associam ambientes psicologicamente seguros a:

• Maior engajamento
• Melhor desempenho coletivo
• Aumento da inovação
• Redução de retrabalho e erros críticos
• Maior retenção de talentos

Esses resultados reforçam que a segurança psicológica além de fazer parte do capital humano é também um ativo organizacional estratégico.

Segurança Psicológica: uma mudança organizacional que veio para ficar

A segurança psicológica representa uma mudança profunda na forma como as organizações compreendem desempenho, erro e colaboração. Ao deslocar o foco do medo para a aprendizagem, cria condições para que pessoas e equipes operem em níveis mais elevados de consciência, responsabilidade e eficácia.

Na ISI Infinity, somos comprometidos com o desenvolvimento humano e com a construção de resultados sustentáveis. Por isso, apoiamos organizações a compreender e cultivar a segurança psicológica como um passo essencial para o desenvolvimento de culturas mais inteligentes, adaptáveis e resilientes, por meio de nossas formações. Entre em contato agora e conheça nossas soluções!