Passar por “altos e baixos’ faz parte da vida. E a forma como você internaliza essas experiências pode estimular o seu desenvolvimento pessoal ou alimentar seus medos. Tudo isso está relacionado a forma como compreendemos as mudanças.
Se no passado as coisas não aconteceram como você gostaria e isso lhe causou algum sofrimento, consequentemente, poderá verá o futuro como ameaça potencial.
Contudo, o ritmo das mudanças não diminuirá, pelo contrário, só aumentará. Se você se esconder debaixo da mesa e esperar que elas passem, acabará morrendo ali mesmo. Por isso, apegar-se às pessoas, situações ou coisas não é a solução.
Gostemos ou não, na sociedade dinâmica em que as organizações estão inseridas hoje, determinar se algo irá mudar não é mais relevante. A mudança vai acontecer. Não é mais uma probabilidade: é uma certeza.
A Vida é Feita de Mudanças
Afinal, não há como apegar-se às coisas, a vida é feita de mudanças. Combatê-las seria uma luta inglória, como a história do cavalheiro Dom Quixote. Na sua insanidade, ele lutou contra os enormes moinhos de vento, que representavam seus inimigos. Entretanto, tudo era somente fruto da sua imaginação. Os inimigos foram criados pela sua mente.
A maioria de nós não gosta de mudanças, nesse sentido, Mark Twain disse: “A única pessoa que gosta de trocas é um bebê com fralda molhada”.
Mas é possível repensar sobre elas. Logo, podemos considerá-las inimigas e assustadoras ou aliadas e oportunas.
E o que o medo tem a ver com mudanças? Quem sente muito medo apega-se à sua zona de conforto, não gosta de mudanças. Segundo o PhD. e economista Michael Singer, essa pessoa:
Tenta criar um mundo previsível, controlável e definível em torno de si – um mundo que não estimule seus medos.
Afinal, essa pessoa passa a vida tentando criar condições de segurança e controle.
E assim, o mundo se torna assustador e a ameaçador. Assim, como Dom Quixote, luta contra os imaginários inimigos. No final do dia o indivíduo sente-se esgotado e estressado.
À noite vai dormir e iniciam-se as ruminações mentais de situações passadas e das futuras. Ele imagina os mais terríveis cenários. Tudo se torna “eu contra eles; “aquilo que não me preocupa é bom; aquilo que me perturba não é”. Inicia-se um ciclo interminável de pensamentos negativos que alimentam o medo de tudo e de todos, principalmente das mudanças.
Tudo Muda
Porém, tudo está mudando de forma significativa em pouco tempo. A forma de comprar mudou. O modo de fazer o trabalho mudou. Talvez seus colegas de trabalho tenham mudado, o sistema de informação da empresa mudou. E é preciso você acompanhar tudo isso para continuar existindo como profissional e como empresa.
Definitivamente, resistir às mudanças ou lutar contra elas é como descer de um tobogã muito íngreme, o único jeito de chegar inteiro lá em baixo é entregar-se à queda, em vez de resistir a ela.
Para Singer, quando tentamos dominar as situações para não nos perturbarem, sentimos que a vida está contra nós e ela se torna um fardo pois temos que brigar com todos e controlar tudo.
A alternativa é praticar o desapego, sair da zona de conforto e parar de lutar contra a vida. Aceitar que muitas mudanças são incontroláveis, somente assim, podemos enxergá-las como oportunidades.
6 comentários em “MEDO DE MUDANÇAS: A LUTA INGLÓRIA”
Belo texto! É fato que no início a mudança assusta, mas com o tempo aprendemos que a mudança é um fator “sine qua non” para a evolução. Obrigado pelo envio.
Obrigado pelo feedback!
Percebo que sou muito resistente a mudanças, isso gera um sentimento de superação e desafio. Procuro me desafiar a cada necessidade de mudança. Não é fácil, mas a cada mudança realizada é um degrau que subo no meu desenvolvimento como pessoa e profissional.
É isso mesmo, Maria Alice!
Abraços.
Quando escolho o desapego coisas maravilhosas se manifesta e a vida se torna mais iluminada.
Olá Maria Nilce, tudo bem? Saudades de você…. que bom que gostou do artigo… esperamos vê-la em breve…
Bjs, Profa. Elaine e Profa. Yeda