Sequestros Emocionais podem ocasionar grandes problemas.
Quanto mais usamos a baixa e antiga capacidade de processamento do cérebro, maior a tendência de agirmos por impulso. E quando agimos impulsivamente, não pensamos, somos reativos.
Certamente isso é bom, às vezes. Principalmente se dessa reação depende nossa sobrevivência.
É o caso de desviar-se de um objeto que está prestes a cair na sua cabeça, fugir de um animal feroz e faminto ou salvar uma criança que está se afogando na piscina.
Mas já não é o caso de uma pequena discussão onde um dos envolvidos reage com agressões verbais ou físicas. Ou o caso de seu filhinho derramar um pouco de café na sua blusa de manhã e você reagir furiosamente.
Entretanto, quando não temos consciência disso, das menores às maiores situações, nossas emoções primitivas como a raiva e o medo correm como um trem desgovernado e agimos por impulso.
Nesse sentido, os impulsos também são conhecidos como sequestros da amígdala, detonadores das emoções, sequestros neurais ou sequestros emocionais.
Ocorrem quando explodimos com alguém ou até mesmo damos risadas escandalosas. Nossa reação é desproporcional ao fato. Perdemos a nossa razão.
Sequestros Emocionais: como funcionam
Segundo o psicólogo e PhD. Daniel Goleman, é quando nossa mente emocional proclama uma urgência e recruta todo o restante do cérebro para seu plano de emergência.
Ele entende um sinal de perigo e paramos de raciocinar, ficamos alertas e sequestrados pelas nossas amígdalas cerebrais.
Fisiologicamente falando, elas são dois pequenos órgãos localizados em nossa mente emocional e que são responsáveis pelas emoções básicas e pelo nosso instinto de sobrevivência.
Uma vez que o sequestro emocional é muito rápido e ocorre em milésimos de segundos, o neocórtex (cérebro pensante), responsável pelo pensamento lógico e o planejamento de nossas ações não tem tempo para raciocinar e avaliar se nossa atitude é uma boa ou má ideia.
Somos impulsionados a agir pelo cérebro emocional e na maioria das vezes, nos arrependemos depois. Coisas grandes, assim como mínimas nos fazem “perder a cabeça”…
Fazemos coisas irracionais, ilógicas, podemos até colocar a nossa vida e a de outra pessoas em risco.
Segundo Goleman, quando somos sequestrados pelas amígdalas e temos rompantes de raiva:
O sangue flui para as mãos, tornando mais fácil sacar da arma ou golpear o inimigo; os batimentos cardíacos aceleram-se e uma onda de hormônios, a
adrenalina, entre outros, gera uma pulsação, energia suficientemente forte para uma atuação vigorosa.
Assim, infelizmente, alguns atos de violência são praticados por impulso.
Detonadores de Emoções
Em resumo, o problema é que as pequenas também podem ser detonadoras das emoções desgovernadas.
Pode ser um motorista que corta nossa frente no trânsito, uma pessoa que fala alto perto de nós, um colaborador que burla as regras da empresa, um adolescente abusado ou um vizinho desrespeitoso.
São pequenas ou grandes circunstâncias que provocam um verdadeiro maremoto emocional e causam grandes prejuízos para todos os envolvidos.
Por isso é importante saber que não precisamos ser reféns desse sequestro emocional pela vida toda.
Com Inteligência Emocional plenamente desenvolvida é possível libertar-nos dessas explosões emocionais para vivermos de forma mais saudável e produtiva.
O que devemos fazer para evitar esses sequestros emocionais no nosso dia a dia?
Olá Maria, esse artigo pode lhe ajudar muito: https://isiinfinity.com.br/como-evitar-o-sequestro-emocional/
Sensacional este artigo. Nos faz pensar o quanto precisamos estarmos vigiando nossos pensamentos e atitudes. Faço meditação e tenho obtido uma grande conquista em meus momentos de reflexão do meu eu com o mundo. E um momento de paz interior e conhecimento de mim. Acredito que tem ajudado bastante.
Gratidão professora.
Passei já por diversos momentos em ocorreu o sequestro emocional.
Sem orientação acabei melhorando depois de muitos problemas que ganhei após o descontrole.
Agora, com ajuda da professora Elaine e a Dr Yeda comecei a entender os mecanicanismos que podemos usar pra evoluir.
Obrigado,
Ferruccio.
Realmente somos refém dos nossos instintos, muitas vezes achamos que temos domínio sobre nossos sentimentos e assim não paramos para refletir sobre as situações que nos deixam vulneráveis, o artigo nos faz ponderar se realmente nos conhecemos e temos autocontrole sob nossas emoções. Parabéns pelo trabalho.
É isso mesmo Paulo, excelente reflexão.
Ontem mesmo tive um sequestro emocional, deixei uma pequena fresta da janela aberta, e choveu, molhou dentro de casa, não consegui controlar a emoção de frustração quando vi, senti um pouco de raiva, por ter deixado aberta a janela. E um descontrole por causa da frustração.
Esse termo “sequestro da amígdala” deu a entender que se refere a situações de muita emoções onde acabam anulando ou inibindo a capacidade de raciocinar com clareza e objetivo. Realmente nossos instintos primitivos são muito importantes em situações de vida ou morte, mas no dia-a-dia devemos estarmos atentos para não sofrermos os sequestros emocionais.
O pensamento lógico e analítico devem ser os melhores amigos de um bom gestor. Portanto, por mais que ações reativas sejam úteis em alguns momentos, como em episódios profissionais de crise, onde ações precisam serem tomadas com certa rapidez, ainda assim é necessário doses de cautela, visto que ações impulsivas podem agravar ainda mais um problema.