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AUTOCOMPAIXÃO E AUTOEMPATIA NO COMBATE AO VIÉS RETROSPECTIVO

A autocompaixão e a autocompaixão consigo mesmo desempenham um papel fundamental no combate ao viés retrospectivo.

O viés retrospectivo distorce nossa percepção e nos faz perder a compaixão e empatia por nós mesmos e pelos outros. Ao reconhecer seus efeitos, podemos cultivar uma abordagem mais compassiva em relação às nossas próprias ações e às dos outros.

Viés Retrospectivo

O viés retrospectivo é um fenômeno psicológico em que tendemos a perceber eventos passados como mais previsíveis do que realmente eram, uma vez que já conhecemos o resultado.

Isso traz uma distorção da nossa percepção, levando-nos a acreditar erroneamente que deveríamos ter previsto ou sabido algo antes que acontecesse. Esse viés pode afetar nossa autopercepção e a forma como julgamos as ações dos outros.

Na sequência estão três exemplos de como o viés retrospectivo pode se manifestar:

  1. “Eu devia saber disso”: Após um evento ocorrer, podemos pensar que deveríamos ter antecipado o resultado com base no conhecimento atual. Depois de redigir um contrato que parecia promissor e ter indícios claros de que o cliente o fecharia, e no final ele não fechou, podemos nos pegar pensando: “Eu devia saber que ele não o assinaria”.
  2. “Eu avisei”: Quando expressamos uma preocupação ou previsão sobre algo que pode acontecer e, posteriormente, esse evento se concretiza, podemos ter a tendência de dizer: “Eu te falei!”. Esse sentimento de ter previsto corretamente pode nos levar a pensar que deveríamos ter feito algo a respeito antes.
  3. “Eu sabia…”: Após uma situação ou resultado ser conhecido, podemos retroativamente acreditar que já tínhamos consciência disso. Por exemplo, se uma empresa declara falência, podemos pensar: “Eu sabia que eles estavam com problemas financeiros“.

Esses exemplos ilustram como o viés retrospectivo pode nos fazer acreditar que deveríamos ter conhecido ou previsto algo antes que acontecesse. Essa tendência pode levar à autocrítica, falta de compaixão por nós mesmos e a um julgamento negativo das ações dos outros.

É fundamental reconhecer que o viés retrospectivo é uma armadilha cognitiva, pois nos leva a reinterpretar eventos passados com base no conhecimento atual. No entanto, é impossível retroceder no tempo e ter conhecimento do que seriam os eventos no futuro.

Costumamos orientar nossos mentorandos a não lamentar escolhas, decisões e ações passadas, pois voltar ao passado é impossível.

No entanto, podemos voltar com a nossa mente, reinterpretando o passado à luz do que sabemos hoje, o que pode nos torturar infinitamente.

Portanto, reconhecer o viés retrospectivo nos ajuda a desenvolver empatia e compaixão por nós mesmos e pelos outros, compreendendo que as decisões e ações são baseadas no conhecimento disponível no momento e sujeitas a circunstâncias e limitações específicas.

Esse reconhecimento é útil para cultivar a autoempatia por meio da autocompaixão

 Autocompaixão e Autoempatia

Sem dúvida, a autoempatia ajuda a termos compaixão de nós mesmos.

Compreendemos que somos seres humanos com limitações e que é natural cometer erros ou não ter conhecimento prévio de certas situações. Em vez de nos culpar ou nos julgar duramente, nos tratamos com gentileza e compreensão, aceitando nossas falhas e aprendendo com elas.

Da mesma forma, autoempatia ajuda a desenvolver uma perspectiva mais ampla em relação aos outros. Reconhecemos que todos estão sujeitos ao viés retrospectivo e que as ações passadas são influenciadas pelo conhecimento e circunstâncias da época.

Em vez de julgar alguém com base no que sabemos agora, nos esforçamos para entender o contexto e as limitações que eles enfrentavam naquele momento.

Ao incorporar a empatia consigo mesmo e combater o viés retrospectivo, nos abrimos para a possibilidade de um autodesenvolvimento saudável. Podemos aprender com nossos erros sem nos afundar em culpa ou autodepreciação.

Além disso, ao praticar a empatia em relação aos outros, promovemos uma cultura de compreensão e aceitação mútua.

É importante lembrar que a empatia consigo mesmo não é uma desculpa para evitar responsabilidade ou evitar o aprendizado e crescimento pessoal.

Trata-se de reconhecer a humanidade em nós mesmos e nos outros, permitindo-nos ser gentis e compassivos enquanto buscamos melhorar e evoluir.

Portanto, ao enfrentar o viés retrospectivo, busque praticar a empatia consigo mesmo. Reconheça suas próprias limitações e aceite que nem sempre é possível prever o futuro. Ao adotar uma abordagem compassiva em relação a si mesmo e aos outros, você promoverá um ambiente de compreensão e crescimento, onde todos têm a oportunidade de aprender e se desenvolver de maneira saudável.

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Profa. Ma. Elaine Dias

Doutoranda e Mestra em Administração, MBA em Administração Financeira, MBA em Finanças Públicas, Contadora. Pesquisadora e professora de Graduação e MBA. Cofundadora do Instituto ISI INFINITY onde forma coaches, analistas comportamentais e mentores. Pesquisadora e professora de Graduação e MBA. Avaliadora do Quero-Estadão de instituição de ensinos superiores. Escritora, Membro da Academia Limeirense de Letras. Consultora por 20 anos em gestão de negócios e de custos. Master Coach e Mentora de Executivos e Pessoas de Negócios.

3 comentários em “AUTOCOMPAIXÃO E AUTOEMPATIA NO COMBATE AO VIÉS RETROSPECTIVO”

  1. Que artigo interessante! Eu nunca havia escutado o termo “viés retrospectivo”, e após a leitura do artigo pude compreender várias situações no qual passei e hoje aprendi como lidar. Obrigada pela contribuição.

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