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EMOÇÕES NO TRABALHO E O IMPÉRIO DA RAZÃO

O desprezo pelas emoções no trabalho: Por quê esse paradigma ainda persiste?

Nos atendimentos de coaching para executivos, pessoas de negócios e lideranças quando falamos em trabalhar as emoções, alguns clientes respondem  que não as consideram importantes e evitam expressá-las no trabalho.

Certamente pessoas que valorizam a lógica e racionalidade simplesmente evitam esse assunto. De forma consciente ou inconsciente o que elas desejam é afastar-se das emoções que podem lhe expor ou causar dor e sofrimento. Aliás, a racionalização é considerada na psicanálise, um mecanismo de defesa do ego.

Dado ao império milenar da “razão”, de fato, quando falamos de emoções, é recorrente observarmos aversão ou desdém do interlocutor. Isso ocorre principalmente nas organizações, onde a racionalidade e a intelectualidade são supervalorizadas. Nesse ambiente,  as pessoas que expressam suas emoções são consideradas fracas, inferiores ou menos inteligentes.

Basta observar a necessidade de expressão da intelectualidade e a erudição nas redes sociais corporativas ou profissionais, como o Linkedin, por exemplo.

Entretanto,  nos conectamos aos outros muito mais pela emoção do que pelas suas ideias.

 

Porque Odiamos ser Emocionais

Essa aversão em tocar no assunto das emoções se deve por vários fatores. Até pouco tempo atrás, sabíamos muito pouco sobre a vida emocional do ser humano.  Segundo o cientista Braise Pascal,

O homem está disposto a ignorar tudo que não compreende.

Acrescente-se a esse desconhecimento que no senso comum, pessoas emocionais choram copiosamente ou agem na impulsividade.

Para piorar ainda mais o conceito, Sigmund Freud, pai da psicanálise, trabalhou com as emoções, mas consistentemente as negativas. Elas eram consideradas fontes das maiores angústias do homem. Esse fato acentuou aumentou a fobia em relação a elas.

Apesar de valorizar as emoções, para falar do amor, Freud usava o termo frio e intelectualizado de “libido”. Logo, mantinha distância das emoções, assim como de seus pacientes, aos quais atendia em um divã, sem contato visual com eles.

Obviamente que o problema não está em sentir as emoções e sim, o que fazemos quando as experimentamos.

Para Aristóteles, as paixões, quando equilibradamente expressas, orientam nossos valores e comportamentos de forma positiva.

Para o psiquiatra George Vaillant, famoso pelo estudo do termo Defesas Maduras: (o que viemos a descobrir depois que inicialmente seria conhecido como Inteligência Emocional):

Talvez a ciência ignore as emoções porque elas não nos diferenciem de outros mamíferos. Porém, somente os seres humanos podem fazer cálculos, ao passo que a maioria dos cães é um protótipo da emoção positiva.

 

Um novo Olhar para as Emoções no Trabalho

Nesse sentido, se por um lado falar de emoções negativas no trabalho é ruim, paradoxalmente, falar das positivas talvez seja pior.

Entretanto, segundo Vaillant, as emoções negativas como raiva e medo nos auxiliam na sobrevivência no presente, mas são as positivas que nos ajudam a a prosperar no futuro.

Assim, a esperança, o otimismo, o perdão e a gratidão podem soar estranhas em um ambiente racional. Porém, são elas que nos fazem lançar um olhar piedoso para o passado e outro positivo e para o futuro, nos movendo para os nossos objetivos pessoais e profissionais.

Consequentemente, as emoções não são somente necessárias para a sobrevivência, elas são fundamentais para o nosso desenvolvimento,  prosperidade e sucesso.

Todos os elementos acima são fundamentais em uma organização. Afinal, sem prosperidade e sucesso, não há empresa que sobreviva por muito tempo. Ou se sobrevive, é com base na dor, sofrimento, desconfiança e ambiente organizacional negativo.

Nesse contexto, o lado emocional que sempre foi considerado um perigo para a tomada de decisão, precisa ser constantemente contestado. Logo, o paradigma que a paixão desestabiliza e ameaça a razão, também precisa ser desfeito.

Felizmente, a ciência descobriu que elas (paixão e razão) não precisam ser antagônicas e sim, complementares. É o que chamamos de Inteligência Emocional.

Nem precisamos dizer quanto ela é importante na vida e no trabalho…

Curso Inteligência Emocional

Artigo escrito em parceria com a Profa. Dra. Yeda Oswaldo

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Profa. Ma. Elaine Dias

Doutoranda e Mestra em Administração, MBA em Administração Financeira, MBA em Finanças Públicas, Contadora. Pesquisadora e professora de Graduação e MBA. Cofundadora do Instituto ISI INFINITY onde forma coaches, analistas comportamentais e mentores. Pesquisadora e professora de Graduação e MBA. Avaliadora do Quero-Estadão de instituição de ensinos superiores. Escritora, Membro da Academia Limeirense de Letras. Consultora por 20 anos em gestão de negócios e de custos. Master Coach e Mentora de Executivos e Pessoas de Negócios.

4 comentários em “EMOÇÕES NO TRABALHO E O IMPÉRIO DA RAZÃO”

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