APOSENTADORIA É O FIM DA CARREIRA?

CARREIRA E APOSENTADORIA – UM NOVO OLHAR

Aposentadoria: a idade representa maturidade emocional e espiritual e não o final da carreira. 

Aposentadoria: um Novo Olhar

Inicialmente, a falta de profissionais qualificados do mercado de trabalho e a longevidade experimentada pela população mundial traz um novo olhar para a a aposentadoria.

Assim, a aposentadoria compulsória em que o indivíduo encerra sua vida profissional a partir de certa idade, passa a ser repensada pelas instituições mais modernas.

Entretanto, em muitas organizações ainda impera o modelo de carreira tradicional alicerçada em idade. Para elas a aposentadoria é o estágio na carreira é intitulado de “declínio”, que começaria por volta dos 65 anos de idade.

Nesse caso, ao atingir uma idade-limite a pessoa é obrigada a se aposentar, mesmo estando em capacidade produtiva, engajada e apresentando ótimos resultados.

Todavia, esse pensamento tem sido alterado sistematicamente. Eu mesma orientei uma tese de doutorado em que a aluna defendeu a permanência de pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho.

Além disso, a escassez de mão de obra qualificada e preparada leva as organizações a repensar a ideia de manter colaboradores que antes, eram vistos como velhos demais para trabalhar.

Geralmente os profissionais com mais idade são experientes e os principais detentores do conhecimento. Eles vivem um momento da vida em que podem estar mais preparados para enfrentar os problemas e tomar decisões com base em suas experiências e percepções.

Por isso podem contribuir significativamente na gestão do conhecimento para os demais colaboradores mais jovens, audaciosos e empreendedores.

Algumas empresas contratam profissionais mais experientes e aposentados como consultores para apoiar a gestão do negócio.

Nós mesmos desenvolvemos programas de mentoria nas organizações com muito sucesso. Neles os profissionais mais maduros tendem a contribuir muito com as carreiras dos mais jovens e consequentemente, com o sucesso da empresa.

Por isso podemos afirmar que os “cabelos brancos” podem trazer sabedoria, habilidade e compreensão para as pessoas e para o negócio.

Planejamento e Gestão de Carreira além da Idade

Diante do contexto atual, o professor Yehuda Baruch, um dos maiores estudiosos na área de comportamento organizacional e recursos humanos, propõe uma forma de gestão de carreira sem atribuir faixa etária aos estágios de transição profissional.

Com efeito, esse modelo permite maior flexibilidade de planejamento na carreira. Nele a retirada definitiva do mercado de trabalho não ocorre necessariamente aos 65 anos.

O fato é que o aumento da expectativa de vida e a queda na taxa de natalidade trarão mudanças significativas no cenário de trabalho continuamente.

Daqui para frente será cada vez mais comum encontrar pessoas com idades mais avançadas trabalhando.  Se por um lado elas necessitam de renda, por outro, sentem-se ainda em plena capacidade de dar suas contribuições no trabalho.

Prova do aumento da idade produtiva é que muitas pessoas se aposentam no papel, mas continuam trabalhando, seja na mesma função ou em outras diferentes.

Mas lembre-se que a idade deve ser condizente com a situação de trabalho, já que o envelhecimento é natural para todos.

Nem todas as pessoas estão aptas a trabalhar em uma idade mais avançada na mesma carreira. Cito um trecho do meu livro “Planejamento  Estratégico e Autogestão de Carreira:

Em muitas profissões é possível prolongar o ciclo de vida e carreira, em outras, o profissional pode não ter suporte físico e emocional para prolongar sua atuação durante muito tempo.

Mas enquanto sua mente estiver aberta para novas ideias, enquanto sentir-se produtivo, você se sentirá jovem e vigoroso em pensamentos e certamente tem muito a contribuir.  O que já é um grande passo, já que você envelhece quando para de sonhar e perde o interesse na vida. 

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