O coaching é um mercado em plena expansão, que movimenta milhões. E onde há dinheiro, há oportunidades e oportunistas.
Com o mercado crescendo, o coaching recebe atenção de todos os lados. Na semana passada tivemos duas notícias para o coaching: uma boa e uma má.
E ambas envolvem duas fortes mídias brasileiras: a Rede Globo e a Revista Veja.
A Boa Notícia
Em um dos capítulos da novela “O outro lado do paraíso” da Rede Globo, uma jovem que trabalha em um escritório de advocacia se deparou com o caso de uma senhora acusada por envolvimento com drogas.
Desconfiado que ela não tinha culpa e querendo conhecer mais sobre a cliente, o líder solicitou a uma jovem aspirante a advogada da sua equipe que a entrevistasse para conhecê-la melhor.
A assistente utilizou uma das técnicas de coaching para conhecer melhor a cliente. Por meio das perguntas poderosas do coaching, a jovem conseguiu entender que a senhora estava tentando livrar seu filho da cadeia e por isso assumiu a autoria do crime.
Ao compreender suas razões, o advogado pode ajudá-la melhor em suas necessidades.
Nesse episódio, em um raro momento de fidedignidade aos precursores do coaching, a novela mostrou a realidade do coaching. É uma metodologia muito interessante em várias situações e profissões, inclusive, no direito. Esse é o coaching sério. E essa é a boa notícia: o coaching tratado com o respeito que lhe cabe.
A Má Notícia
Por outro lado, uma matéria veiculada pela Revista Veja com o título “Aula para Ser o Cara” mostra claramente as pessoas que levam o coaching para o lado sensacionalista.
Segundo a reportagem, são cursos que utilizam “técnicas de arrebatamento que lembram pregação”. Nesse tipo de treinamento, um homem caminha de um lado para o outro e fala sobre fé, família, relacionamentos e futuro, prometendo avanços em prazos recordes.
Esse tipo de promessa de coaching na mesma proporção do desejo de as pessoas alcançarem rapidamente o sucesso pessoal e profissional.
É pautado no sensacionalismo e na pseudociência. Utiliza-se amplamente da catarse, levando os participantes a situações extremas e absurdas, que em situações normais jamais seriam praticadas.
Esse tipo de coaching funciona para pouquíssimas pessoas, enquanto para a maioria traz uma grande euforia emocional e não faz nenhum efeito a longo prazo.Depois desses cursos, se você perguntar o que a pessoa aprendeu ela geralmente dá repostas evasivas: “Nossa muita coisa….Você tem que ver… Foi tanta coisa…Você tem que viver aquilo…” Ela simplesmente não sabe dizer o que aprendeu porque na realidade, de aprendizado quantificável foi pouquíssima coisa. Mas elas os defendem com unhas e dentes pois foram arrebatadas emocionalmente.
Os treinadores são facilmente reconhecíveis, geralmente utilizam erroneamente as técnicas da PNL (Programação Neurolinguística), efeitos externos como muitas luzes, pisar em brasas e quebrar madeiras (preparadas) com as mãos para demonstrar poder e superação. Clique aqui para conhecer mais sobre isso. Essa é a má notícia: pessoas e cursos que nivelam por baixo o coaching, fazendo parecer que não é um método sério.O Mercado Futuro do Coaching
O mercado do coaching está em plena expansão. E nele, existirão as pessoas que preferem a promessa do ganho imediato, assim como existirão aquelas que trilham o caminho da ciência e o resultado duradouro.
Sabe-se no entanto, que o autêntico coach estuda permanentemente, aprimora suas técnicas e se mantém longe dos sensacionalismos.
Ele sabe que as mudanças profundas no comportamento são feitas por meio de um processo.
3 comentários em “A BOA E A MÁ NOTÍCIA PARA O COACHING”
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Pena que a boa notícia durou tão pouco… Agora já ficou claro que se trata de merchandising e, ainda, mal feito. O Coaching foi prostituído e está sendo apresentado como mais uma terapia mirabolante e milagrosa. Triste!
Lamentável o que houve com o coaching no nosso país. Seguimos a linha europeia que está muito longe de ser esse show que se transformou no Brasil. Não se desanime com essa metodologia, ela traz resultados incríveis, desde que praticada com seriedade e responsabilidade. Abraços. Profas. Elaine e Yeda