ASSERTIVIDADE NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Assertividade

Assertividade: uma atitude fundamental para relações interpessoais positivas. 

A comunicação assertiva é clara e objetiva. E principalmente, é direta e ao mesmo tempo, respeitosa.

No filme “O Discurso do Rei” o monarca gago precisava realizar um comunicado importante à nação, para isso, ele precisou de técnicas para  encontrar sua própria voz. Em um momento do filme ele diz de forma inflamada para o seu mentor e para si: “Eu tenho a minha voz”. Assertividade é exatamente isso, confiar em sua própria voz interior, seus pensamentos e valores, e conseguir comunicá-los aos outros, de forma respeitosa, mas firme.

Para os estudiosos da Psicologia Positiva, a assertividade contribui com o fortalecimento das relações interpessoais, enquanto a falta dela, deteriora os relacionamentos.

Entretanto, para a grande maioria das pessoas, ela não surge naturalmente, principalmente dentro das organizações, onde precisamos fazer tudo rapidamente. Assim, é mais fácil e rápido ser submisso ou agressivo do que debater ou defender ideias de forma madura.

Imagine então se estamos lidando com pessoas difíceis, seja o marido, o chefe, um colega de trabalho, algum membro da família, um cliente… Para evitar confrontos ou para finalizar a discussão, não agimos com assertividade.

De fato, diante de uma situação estressante é comum deixamos de pensar de forma racional. Assim, regredimos em nossa escala evolucionária sem perceber. E o problema fica pior, quando tendemos a reforçar o mesmo tipo de resposta à todas as situações.

Nesse sentido, o professor e fisiologista Walter Bradford Cannon, afirma que ao nos sentir acuados, pressionados, ameaçados ou amedrontados, agimos como animais. Segundo ele, em situações de estresse agudo tendemos a emitir três tipos de respostas: “Luta, Fuga ou Paralisação (LFP)”.

Com efeito, facilmente deixamos de ser assertivos.

Falta de Assertividade

Embora seja conveniente acreditar que adotar uma resposta LFP seja benéfica a curto prazo, definitivamente, a ausência de assertividade traz grandes danos a longo prazo.

Pense bem:

Quando “Lutamos’, somos agressivos, agimos com raiva, enfrentamos a o que nos ameaça.

Por outro lado, quando “Fugimos”, nos afastamos, saímos de perto da pessoa ou da situação conflituosa.

Por fim, “Paralisamos” e não falamos nada, ficamos passivos, esperando que tudo passe.

Na comunicação e nos relacionamentos, enquanto a luta é demonstrada pela agressividade, a fuga e a paralisia geram um comportamento passivo, e todos eles estão bem longes da assertividade.

Infelizmente, quanto mais acuados, mais adrenalina sentimos e esses comportamentos se intensificam em nós. Dessa forma, criam nossa visão de mundo e viram hábitos, tornando-se um estilo de resposta cristalizado que formam nossa identidade.

Como exemplo, imagine que ocorreu um problema no escritório e as pessoas já antecipam como as outras reagirão a ele:

“- Não fale nada para o Fernando, ele é muito nervoso, vai querer resolver na gritaria”.

“- Nem adianta falar com a Maria, ela não gosta de problemas, vai inventar uma desculpa para sair só para ficar longe disso.”

 “- A Adriana é boazinha, mas não tem atitude, não vai fazer nada”.

Agora reflita: quem é você nessa situação?

O que Fazer

Obviamente que nenhuma dessas respostas é válida quando precisamos atuar em níveis mais elevados.

A assertividade é particularmente fundamental quando:

  1. Precisamos comunicar uma tomada de decisão importante.
  2. Precisamos defender nossas ideias ou direitos.
  3. Estamos diante de uma negociação ou resolução de conflitos que exija uma abordagem mais firme.
  4. Precisamos estabelecer limites.
  5. Estamos debatendo algo importante.
  6. Precisamos dar um feedback construtivo-corretivo.

Nesses casos é fundamental a assertividade,  afinal as respostas do tipo LFP só são efetivas quando estamos com nosso estado físico ameaçado, o que convenhamos, são poucas vezes.

Por isso é preciso usar estratégias inteligentes e evoluídas em nossa comunicação.

Isso significa ter uma conversa madura  e respeitosa com outra pessoa, dizer o que é preciso, sem agressividade ou submissão. Enfim, sermos assertivos nas relações interpessoais.

Se você for líder, a assertividade é fundamental, afinal ao mesmo tempo que precisa de resultados positivos, também deseja preservar relações. Pense nisso.

14 thoughts on “ASSERTIVIDADE NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

  1. Bruna says:

    Acredito que o mesmo vale quando uma pessoa usa da comunicação agressiva com você, talvez naquele momento seja importante utilizar da LFP para acalmar os ânimos e retornar em um segundo momento para finalizar o assunto.

  2. Fernando Fronza says:

    É curioso que na minha vida eu sempre tive facilidade de lidar com pessoas que todo mundo julgava como “difíceis”, desde professoras da escola, meu sargento no Tiro de Guerra, meu ex-diretor, e por ai vai. Eu sempre avaliei que meu estilo de comunicação conseguia extrair dessas pessoas coisas boas, o que a maioria não conseguia. Hoje eu avalio que muitas dessa vezes eu precisei me anular para ter sucesso, então minha luta atual é conseguir equilibrar esse estilo de comunicação com fazer a minha opinião ser levada em consideração.

  3. Diogo says:

    Acredito ser muito importante trabalhar nosso controle emocional mesmo nas situações mais estressantes e desafiadoras, dessa forma conseguimos lidar de forma mais racional e utilizar as técnicas aprendidas nesse curso, assim nos comunicaremos de forma mais assertiva e respeitosa.

  4. Mariana says:

    Precisamos o tempo todo trabalhar nossos comportamentos, para agirmos com racionalidade, sermos assertivos em nossas ações diárias, seja em casa, no trabalho, ou em qualquer lugar. Entretanto nem sempre estamos preparados psicologicamente, as vezes somos pegos de surpresa. Mais precisamos ter uma evolução contínua do nosso ser.

  5. José Veridiano Alves Junior says:

    Precisamos que a nossa comunicação seja assertiva, com muita objetividade, clareza e transparência. Quando controlamos nosso emocional, vamos passar um sentimento bom através da nossa voz.

  6. sidney perboni says:

    Acredito ser muito importante trabalhar o nosso controle emocional mesmo nas situações mais estressantes e adversas , dessa forma conseguimos lidar de forma mais racional e utilizar as técnicas aprendidas nesse curso, hoje eu me vejo diferente quando passo por uma situação de conflito.
    principalmente depois que comecei colocar em pratica o STOP

    • Severino Ribeiro da Silva says:

      Sempre tive facilidade de me comunicar com as pessoas, seja no dia a dia e até mesmo em casa. Procuro ser bem objetivo e verdadeiro com as pessoas ou equipe para poder despertar em cada um a confiança. As vezes eu sinto que tenho que utilizar a metodologia LFP para poder deixar o clima se acalmar e poder expor as minhas ideias para equilibrar a comunicação e assim poder fazer ser ouvida a minha opinião. Temos que ser assertivas em tudo que planejamos.

  7. José Jordano Rodrigues Miranda says:

    Durante a leitura do texto, resgatei lembranças na qual, particularmente, me deparei com uma situação que foi interrompida por conta de ações e respostas que se enquadram no tipo LFP.

    No decorrer de uma reunião comercial com potenciais clientes, os mesmos estavam se portando com conduta agressiva, o que dificultava a negociação. Perante esse cenário, um dos nossos colaboradores, a partir de um impeto de fúria, bateu as mãos na mesa e exclamou em voz alta, solicitando a interrupção da reunião, visto que, para ele, aquilo não teria consequências benéficas para nenhuma parte.

    Analisando a situação, percebo que houve falta de comunicação assertiva de ambas as partes, o que levou o desfecho da reunião para uma conclusão não benéfica para nenhuma parte. Evitando respostas do tipo LFP, a reunião poderia ter sido conduzida para um cenário mais harmonioso.

  8. Rebeca Penteado says:

    Acredito que, principalmente na cultura brasileira, a assertividade é confundida com agressividade. Você ser ágil para determinadas demandas e impositivo em sua opinião te torna um indivíduo forte em dentro dos grupos sociais. Contudo, nossa sociedade vem compreendendo que isso não é real, o equilíbrio emocional, principalmente por meio da assertividade, tem sido o requisito mais valioso em um líder.

  9. Gisele Delazari says:

    Bom dia,
    Eu vejo que um detalhe importante olhando para a comunicação assertiva para com os nossos liderados é você ser claro, objetivo, mas não esquecendo de ser verdadeiros com os colaboradores em uma comunicação respeitosa, mas trazendo os aspectos que muitas vezes não estão de acordo com as diretrizes da instituição ou mesmos dos processos.

  10. FABBERSON OLIVEIRA says:

    Sem dúvida, uma comunicação assertiva sempre favorece positivamente a situação e os envolvidos, independente do nível de importância, seja para comunicar uma nova diretriz ou para uma necessidade do dia a dia.

  11. Daniele Fanhani says:

    Infelizmente no meio de tanta correria e pressão, notamos que alguns líderes não avaliam sua forma de comunicação e muitos ainda acreditam que a agressividade é sinônimo de “respeito ao cargo”. Confundem com “poder”, assim como era no passado. Cabe a nós (lideres) pararmos para avaliar que tipo de comunicação estamos tendo com nossa equipe com nossos pares. Fica a reflexão: Em pleno 2024, ainda se ganha no grito??

  12. Paulo Segala says:

    É necessária a prática da comunicação assertiva, buscando alinhamento entre os envolvidos e gerando valores positivos para as relações, frutos de posicionamentos claros, objetivos e respeitosos.

  13. Daniela Mattioli says:

    Após reflexão, é fundamental desenvolver a comunicação assertiva não só no ambiente de trabalho, mas na vida pessoal também e que para isso é necessário ser claro, objetivo, empático e de forma respeitosa.

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